domingo, junho 13, 2010

Filosofia espírita (4)

"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas"

Mateus 6:14-15




CAP 5 (Bem aventurados os aflitos. TEMA: O sofrimento na terra (qual a razão do sofrimento?)

Lendo o Evangelho segundo o espiritismo, página 74, parágrafo 1. Causas das aflições. Sofrimentos. Dor. O famoso "porque tem que ser assim".
Pois bem. Vi que se questiona porque crianças em tenra idade não conhecem na vida senão o sofrimento. Lembrei de um texto de uma prova de português, na minha sétima série, em 1996. Contava com 13 anos. Dizia o autor do texto da prova que "gostaria de morrer um pouco para que esse menino pudesse viver um pouco mais".
Ciência? não explica. Filosofia? não resolve. Religião? não justifica. Onde está a justiça? se há deus, deve este ser justo. E "todo efeito tem uma causa". Se há causa, e há deus, a causa deve ser justa, pois o primeiro é criador indireto da segunda. Se a causa é justa, o efeito também o é. Se há "efeito aflição", há uma causa justa para ele. Se é aflição, é sofrimento. Se é sofrimento, não é consequência do bem, e sim do mal. Se não foi praticado nessa vida - e o conceito de causa engloba a idéia de precedência em relação ao efeito - foi feito em vida passada.
Assim, quem sofre agora, está expiando, "queimando o combustível que é seu passado". Não precisa ser um fato específico, e sim uma conjuntura de fatores que compoem o sofrimento, nem sempre descritíveis.
O sofrimento é efeito natural do mal, ou males praticados. Ele incia na (1) tomanda de consciência do erro(s) cometido(s)(arrependimento - purgação moral). Por conta disso, o homem (2) se coloca naturalmente em situações de sofrimento semelhantes às que provocou. Não necessariamente sofrendo os mesmos fatos externos em si, e se sofrendo mental e espiritualmente de modo semelhante.
Após sofrer e aprender, elaborar o sofrimento, o mal está extinto, "o fogo foi queimado". A consciência e os fatos da vida obrigarão agora (3) o homem a concertar em fatos, atos, o mal que fez e retificar e melhorar os danos cometidos.
O perdão da outra parte é instrumento facilitador, mas não indispensável para que se dê o processo de correção. É necessário perceber o erro, sofrer suas consequências e conserta-los, em seguida.