domingo, novembro 07, 2010

Saúde dimensional

De volta à questão das dimensões. São bonitos os momentos em que lampejamos, constatamos ou opinamos sobre diversos assuntos com o ar de tecnicidade. Emitimos e dissertamos opiniões sobre assuntos diversos que sabemos, no fundo, necessitarem de maior fundamentação técnica e teórica.
Costumo me aborrecer quando alguem emite opiniões sobre algo que não está preparada para isso. Mas o aborrecimento cresce na meedida em que isso orienta condutas que possam gerar prejuizo para si e para os outros. O problema não é o ato de opinar em si (muito pelo contrário: devemos ousar sempre). Contudo é difícil se localizar no contínuum que existe entre os polos opirar-por-opinar e opinar-internalizar-agir-influenciar.

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Tal contexto comportamental se torna claro no âmbito global da saúde. A autopreservação enquanto pessoa e espécie é uma das forças mais poderosas da natureza. Manifestações dessa força podem ser encontradas no senso comum sobre atos de sáude, muitas vezes deletérios. Daí encontramos pessoas tomando remédios sem indicação precisa, com doenças e sintomas diversos sem buscar tratamento, fazendo uso indevido do sistema de sáude e - pior - influenciando outras pessoas e grupos a fazerem o mesmo. O mau senso comum é um ato contínuo e continuado de poder corrosivo, que sustenta a validade de uma cultura pseudocientífica que, deus sabe em que proporção, contribui para o grave problema da doença pública.

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