terça-feira, outubro 14, 2008

E tudo se repete... eternamente (3)

"E vou ficando leve e me rarefazendo à medida que pingo meus carbonos agora no gélido clima das alturas atmosféricas, pingando e caindo em incalculável área, em solo, rio , mar, gente e tudo. Sou distribuído ao acaso pingando e chovendo em cima de tudo, até que por pequenas frestas geológicas e caprichos do terreno escorro até o centro, meio, miolo, âmago da terra, sucumbindo novamente ao calor lá de dentro...E tudo se repete...Eternamente."

Solon Eduardo




Nada é por acaso. Acaso vem de a-caso, ou seja, sem causa. Assim, nada que ocorre, nada que aconteça no universo prescinde de causa. Tudo tem sua fonte, sua origem.
E sendo assim, uma causa provocando um efeito, um conjunto gerando outro, um sistema de conjuntos gerando uma causa, que se juntam a outros conjuntos... temos complexidade de consequencias dessas causas em nossos universos, rudimentarmente estudado por nossas ciencias compartimentalizadas.
Essa é a união essencial. Para promovermos o que quer que seja, precisamos unir forças. Precisamos unir habilidades. Precisamos unir causas para gerar determinados efeitos. É assim que se faz uma frase, uma palavra, um pensamento, um livro, um mundo, uma vida, um planeta, um grão de areia. Da união. União para construir. União para transformar.
Os respingos dessa realidade sutil e universal podem ser vistos em várias situações do dia-a-dia. Quais as empresas mais lucrativas? as que unem seus ideais com os seus funcionarios e o fazem sentir-se unidos ao conjunto. Quais os paises mais desenvolvidos? os que, durante sua história (deixando-se de lado fatores morais e politicos), as ideias de seu povo de maneira construtiva. Quem constroi um prédio mais rápido? os que tem menos funcionarios extenuados por uma longa carga de trabalho, ou os que se juntam estimulados pelo ideal aglutinador dos seus chefes? quem pensa mais, duas cabeças ou uma?
Isso é só o senso comum. Mas também é uma amostra de como muitas vezes ele é sábio ao espelhar uma realidade sutil e eterna, difundida entre todos nós. Não unir-se para o que quer que seja, estejam as partes dentro ou fora de nós, é remar contra a maré do universo. E, do alto do meu insignificante pedestal, posso garantir que não dá certo.

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